ESTUDO SOBRE ADORAÇÃO BÍBLICA

OBSTÁCULOS À ADORAÇÃO

1. Ressentimento, falta de perdão, amargura
2. As exterioridades e o tradicionalismo
3. O obstáculo da rotina
4. O mundanismo
5. O pecado não confessado
6. O desinteresse e a ingratidão
7. A preguiça e a negligência

Não é raro, em cultos realizados na Igreja, haver o sentimento de que faltou o mais importante. Trata-se do essencial na adoração, que é o encontro com Deus. Se a presença dEle não se torna real para os adoradores. Se a frieza caracteriza os momentos que devem promover vitalidade espiritual, recomenda-se uma pesquisa sobre os possíveis impedimentos, e sobre como livrar-se deles. 

1. Ressentimento, falta de perdão, amargura
A adoração de Caim foi rejeitada pelo Senhor. Frequentemente se explica a falta de aceitação da oferta de Caim (Gênesis 4:5) pelo fato de não ter sido um sacrifício que envolvia sangue. Mas não descobrimos nada no texto sagrado que apoie a teoria de que Deus não aceitaria uma oferta dos frutos da terra. Manjares foram estipulados pela lei (Levíticos 2) indicando que, quando não se tratava de propiciar pecados, as ofertas produzidas pela terra seriam vistas com bons olhos pelo Senhor. Caim não estava em condições de cultuar, porque odiava seu irmão (1 João 3:11-15). O crime de homicídio cometido por Caim contra seu irmão não se explica pelo simples fato de que sua oferta de produtos da terra não tenha agradado a Deus. Mais provável seria uma sugestão que apontasse para a inveja e a amargura no coração do primeiro filho de Adão e Eva. É necessário retirar do íntimo todo e qualquer espírito faccioso (eris, "dissenção" e echthra, "inimizade", em Gálatas 5:10, texto grego), se pretendemos nos aproximar de Deus.
O contexto da bem conhecida afirmação de Jesus, "onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, ali estou no meio deles" (Mateus 18:20), frisa a necessidade de que todo aquele que cultua perdoe seu irmão, para que possa esperar o cumprimento desta promessa (Mateus 18:21-35). Qualquer atitude de ressentimento, vingança ou cobrança de dívida moral do passado impede uma adoração real. Assim tentou fazer o servo que foi perdoado de uma dívida absurda de dez mil talentos (trezentos mil quilos de prata), mas não perdoou seu conservo que lhe devia cem denários apenas, uma soma irrisória, se comparada à sua própria dívida. O credor original "indignou-se e o entregou aos verdugos", ilustrando a reação divina diante de qualquer filho que se recuse perdoar seu irmão.
Tão sério é esse impedimento no culto cristão, que Jesus ordenou que quem chegar à reunião da igreja com uma oferta , num ato de adoração característico da igreja primitiva, e lembrar-se de que um irmão na fé tem alguma coisa contra ele, será obrigado a deixar de ofertar para primeiramente reconciliar-se com o irmão ofendido (Mateus 5:23-24).
Davi revela em seu salmo de penitência que Deus renova nosso espírito para podermos gozar da comunhão com Ele (Salmo 51:8).
Um espírito ferido, amargurado, de incredulidade ou zombaria, só encontrará barreiras, a menos que atinja o contato que Deus deseja com Seus filhos.

2. As exterioridades e o tradicionalismo
Evidentemente toda prática que faz parte da liturgia das igrejas teve sua origem em boas intenções. Os quacres, em 1650, reuniam-se sentados em círculos, esperando que o Espírito movesse alguém e o inspirasse a proferir uma palavra da parte de Deus. Tinham um desejo legítimo, que tornou-se uma prática tradicional até hoje pouco eficaz aos adoradores.
O livro de oração que rege os cultos episcopais (anglicanos) teve sua origem no desejo de se apresentar um culto ordeiro, sem imprevistos, uma liturgia completa de palavras escolhidas, sem lacunas.
O mesmo desejo autêntico explica a ordem do culto tipicamente batista ou presbiteriano.
Quando um pastor sente que a "boa ordem" lhe obriga a cantar hinos unicamente do Cantor Cristão ou Hinário Evangélico, com o intuito de evitar desordem no culto com corinhos e uma bateria, entende-se o legítimo temor de oferecer uma adoração indigna do Senhor. Contudo, o apego aos modos tradicionais acarreta o perigo constante das exterioridades, da hipocrisia e da desonestidade. Deus se compraz "na verdade, no íntimo e no recôndito". O adorador precisa conhecer a sabedoria (Salmo 51:6).
A experiência e a reação de Jesus, durante os dias da Sua jornada na terra diante dos rituais judeus, deve nos fazer parar e refletir. A tradição dos anciãos induziu os religiosos contemporâneos de Cristo a não comerem sem lavar cuidadosamente as mãos, juntamente com outras aspersões e lavagens destinadas a retirar a contaminação religiosa.
Deus ordenou que Seu povo evitasse a contaminação (Levítico 11:47). Os rabinos, querendo agradar a Deus, puseram uma "cerca" em torno da lei mosaica, para evitar qualquer contato com o mundo gentio ou outra fonte de contaminação.
Assim, a vontade de Deus foi exteriorizada. 
Jesus avaliou o ritual meticuloso como hipocrisia, um exemplo de vã adoração. Tradições humanas cristalizaram-se em lugar da vontade divina real (conf. Marcos 7:6-7, Mateus 15:1-20).
Eles negligenciavam o mandamento (Marcos 7:8), não observavam a lei, mesmo quando a intenção, aparentemente, era boa.
De modo inevitável, a tradição na religião produz exterioridades, a menos que lutemos conscientemente contra ela.
Ela pode abranger o jejum (Mateus 6:16-18; Lucas 18:12), a entrega do dízimo (Mateus 23:23) ou a oração (Mateus 6:5).
As exterioridades corroem qualquer prática bem intencionada ou inocente, seja a de bater palmas, ajoelhar-se, ficar em pé, levantar os braços ou sentar-se num banco da igreja.
A leitura da Bíblia e a oração não estão livres do assalto da nossa carnalidade, sempre pronta para identificar o ritual externo como verdadeira adoração.
Porém, de Deus não se zomba (Gálatas 6:7). É impossível enganar Aquele que nos conhece totalmente. Se houver qualquer hiato entre o nosso falar e o nosso modo de agir, Deus o saberá antes mesmo de começarmos a adorá-lO.
Se queremos "pisar os átrios de Deus", o mais importante é a nossa humilhação na presença da santidade incomparável de Deus
Jesus, nos Seus dias na terra, frisou esta verdade, ao orar em certa ocasião: "Graças te dou, ó Pai...porque ocultaste estas coisas aos sábios e entendidos e as revelaste aos pequeninos. Sim, ó Pai, porque assim, foi do teu agrado" (Mateus 11:25ss).
Os humildes são os únicos que conseguem se livrar da corrupção das exterioridades, da forma de culto irreal. Certa vez, Lutero afirmou: "Fé é humildade"
Arão teve a responsabilidade de levar uma lâmina de ouro na frente da mitra, sobre a testa, onde estava gravada a seguinte frase: "Santidade ao Senhor", de modo que "Arão leve a iniquidade das coisas santas...para que elas sejam aceitas perante o Senhor" (Êxodo 28:36,38).
Contaminamos tudo aquilo que tocamos. A iniquidade intervém nos momentos mais sagrados. Logo após Pedro ter feito a louvável confissão acerca da divindade de Cristo, o Senhor foi obrigado a repreendê-lo por haver emprestado seus lábios a Satanás (Mateus 16:15-23). Acreditamos que Pedro "era homem semelhante a nós, sujeito aos mesmos sentimentos" (conf Tiago 5:17). Para que o adorador evite o obstáculo das exterioridades na adoração, ele deve se curvar em humildade sincera e reconhecer a sua indignidade.

No próximo post veremos o item 3 - O obstáculo da rotina
Extraído do livro "Adoração Bíblica" do Dr. Russel P. Shedd

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