OBSTÁCULOS À ADORAÇÃO
5. O pecado não confessado
6. O desinteresse e a ingratidão
7. A preguiça e a negligência
5. O pecado não confessado
E. Underhill nos lembra que todo culto cristão é sempre direcionado para a santificação da vida. O alvo é a transfiguração total da ordem criada que a encarnação do Logos tinha como propósito central. Ocorre que milhares de cristãos dão pouquíssima atenção ao fato declarado pelo salmista: "Se eu no coração contemplara a vaidade (do hebraico 'awen, iniquidade, falsidade, um ídolo) o Senhor não me teria ouvido". Pecado consciente, cultivado e defendido no recôndito do coração, não pode deixar de ser motivo intransponível para Deus nos negar o prazer de Sua companhia.
A santidade do Senhor e o apego obstinado a alguma impureza, por parte de um filho, torna impossível a adoração real.
Mas como devo derrotar o meu egoísmo? Como enfrentar a preguiça, como parar de mentir e exagerar? Como evitar pensamentos infernais vindos do maligno? Como posso amar a quem odeio, preocupar-me com os necessitados, espiritual e materialmente?
Por um lado, cada falha precisa ser especificamente apontada e colocada no altar de Deus.
Isaías reconheceu o foco do seu pecado nos lábios impuros (Isaías 6:5) e clamou: "Ai de mim! Estou perdido!". O povo de Deus no século XXI precisa extirpar qualquer pecado que tenazmente o assedia (Hebreus 12:1). O simples reconhecimento de que somos todos pecadores tem muito pouco valor.
Andrew Murray escreve que tudo depende de nós estarmos certos em Cristo..."Se nossa vida com Cristo estiver certa, tudo finalmente se tornará certo...O essencial é ter a vida plena em Cristo; em outras palavras, ter Cristo em nós, operando por meio de nós".
Em verdade, sabemos que Cristo promete habitar nos seus discípulos (João 15:5), mas essa comunhão bendita depende da lavagem dos pés, a Sua remoção da imundícia acumulada nos intervalos entre os períodos de adoração.
Empregando a figura da videira, Jesus confirmou a seus discípulos que eles estavam limpos "pela palavra que vos tenho falado" (João 15:3). Assim, o Senhor ensinou que, pela admissão do pecado e pela confiança no sangue purificador, podemos ter livre acesso ao trono da graça (Hebreus 4:16). O caminho da adoração passa pela bacia e pelo altar (Êxodo 30:17-21; 27:1-8), pelo reconhecimento do pecado e pela presença ao pé da cruz.
Segundo A.W. Tozer, o Espírito Santo, presença invisível de Deus, espreita, seleciona, decide. Busca um Jacó e rejeita um Esaú. Procura os eleitos, rejeita os não-eleitos. Busca os penitentes, rejeita os impenitentes. Vai após o homem disposto a se arrepender, e tristemente afasta da sua presença o homem que ama o próprio pecado. O Espírito Santo, todo sábio, não erra, porque Ele conhece todas as coisas. Ninguém é capaz de enganá-lO. O julgamento confirmará a decisão por Ele tomada.
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No próximo post veremos o item 6 - Obstáculos à Adoração - O desinteresse e a ingratidão
Extraído do livro "Adoração Bíblica" do Dr. Russel P. Shedd
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Extraído do livro "Adoração Bíblica" do Dr. Russel P. Shedd